sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

BRASIL: UM PAÍS DE 57 MILHÕES DE INADIMPLENTES


Brasil: um país de 57 milhões de inadimplentes

Os bureaux de crédito Serasa-Experian, Boa Visita Serviços e SPC Brasil divulgam com frequência o número total de pessoas (CPF) registradas com dívida ativa em seus bancos de dados. Em agosto de 2014, o número de indivíduos negativados era de 57 milhões, segundo a Serasa. E sim, o número é este mesmo!
 Mas como é possível um país com mais de 200 milhões de habitantes e mais de 130 milhões de população economicamente ativa, ter um número tão expressivo de inadimplentes?

A resposta para isso é mais simples do que poderíamos prever. A combinação da grande oferta de crédito pelos bancos, financeiras e varejistas, e o descontrole financeiro da população, está entre as maiores e principais causas para que o brasileiro contraia dívidas e não consiga pagá-las em dia. Mas o brasileiro não é um comprador mal intencionado por natureza. Muitos perdem o controle temporário das contas, mas se recuperam. Aproximadamente 80% dos consumidores incluídos como inadimplentes quitam suas dívidas ou assumem acordos antes dos cinco primeiros anos, período em os bureaux excluem as dívidas por decurso de prazo.

Ainda assim, sejam quais forem as razões que levam ao alto número de inadimplentes, o resultado é expressivo e assusta até os mais otimistas. Segundo a Serasa-Experian, o desemprego, além do descontrole financeiro, é outra forte razão para muitas pessoas estarem negativadas. Bancos e varejistas consultam estes dados toda vez que desejam conceder crédito ao cliente, o que não apenas evita o endividamento ainda maior do consumidor já inadimplente, mas também diminui o risco de perdas em liberar ainda mais crédito para quem possui dívidas em atraso. Este consumidor precisa de mais renda e não de mais crédito.

Saiba que quanto maior o número de inadimplentes na economia, mais alto é o risco do banco não receber seus empréstimos, e por isso, maior é a taxa de juros no Brasil. Ou seja, a conclusão é que no final, todos os consumidores estão pagando a conta da alta inadimplência brasileira. Repare que a situação seria ainda mais difícil se não houvesse estes bureaux.

Mas e se cada brasileiro tivesse a taxa de juro proporcional ao risco que oferece? Isso faz todo sentido, uma vez que muitos consumidores nunca tiveram problemas de inadimplência, ou ainda possuem patrimônio maior que o empréstimo solicitado. Se o bom consumidor ignora que as taxas médias são altas porque ajudam a pagar a inadimplência dos outros, e por não saber isso, não negocia sua taxa de juro conforme o risco de não quitação que ele oferece ao banco, então ele acaba pagando muito mais do que deveria.

No Brasil, os bons clientes pagam a inadimplência dos demais. Isso não acontece da mesma forma nos EUA ou na Europa, pois os bons clientes tem diferenciação nas suas taxas de juros, calculadas conforme o risco do tomador. Infelizmente, no Brasil ainda engatinhamos nesse sentido.

Nestes países esta transformação aconteceu há muitos anos, quando o consumidor compreendeu que clientes são diferentes uns dos outros e merecem taxas também diferenciadas. Dessa forma, passaram a exigir uma melhor análise do risco que apresentavam e, consequentemente, taxas de juros mais atrativas.

Ainda assim, seu banco pode não oferecer a taxa de juro ideal para seu perfil de cliente, mas negociar é uma obrigação para todos os que procuram o melhor negócio. Para isso a Negocie Com Seu Banco criou um comparador de taxas de juros gratuito e fácil de usar. Consulte, Compare e Negocie. Não perca boas oportunidades. 
Fonte: http://www.negociecomseubanco.com.br/

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