terça-feira, 20 de junho de 2017

O FUTURO EM TRANSPORTES CHEGOU!!!

Tecnologias inovadoras em transportes

Certamente os últimos anos, em especial 2016 não serão esquecidos. Trump presidente, impeachment no Brasil, acordo de paz na Colômbia, o inédito segundo ano consecutivo de recessão e a entrada em vigor do Acordo do Clima de Paris são marcos significativos. Mas é possível que lembremos como o período em que aconteceu a maior revolução dos transportes desde o início da fabricação de veículos de motor a combustão e a invenção do avião, no começo do século passado.
No apagar das luzes de 2015, a SpaceX do grupo Tesla conseguiu pousar em pé, na Terra, o primeiro estágio do foguete Falcon 9 numa missão comercial que lançou seis satélites. Nos meses seguintes repetiu a façanha de forma mais fantástica, pousando um foguete em uma barca flutuando no oceano. Em 2017 mais uma façanha com o reuso do primeiro estágio e prevendo o relançamento em 24hs. A recuperação dos foguetes lançados no espaço é o primeiro passo para reduzir os custos de missões espaciais.
Em 2015 a inauguração da duplicação do canal de Suez e 2016 o aumento capacidade do canal do Panamá são marcos para o transporte marítimo internacional.
Em 2016, ultrapassou-se a marca de 1 milhão de veículos elétricos em circulação no mundo, o dobro de 2014. As vendas desses carros podem atingir 1% do mercado global. Na China representam 2%, e na Noruega 50%. Na Alemanha a Meta 2017-2020 é de aumentar de 50 mil para 1 milhão de carros elétricos através de incentivos fiscais. Na Alemanha, Noruega, Holanda, Suécia as novas legislações preveem o fim das vendas de modelos a combustão na próxima década.
Todos os maiores fabricantes de automóveis apresentaram planos concretos nessa direção, incluindo a Ford, a Volkswagen, Toyota e GM. A BMW promete parar de produzir veículos a combustão até 2025. A pioneira Tesla, uma espécie de Apple dos transportes, lançou seu modelo de custo reduzido e produção em grande escala. Vendeu mais de meio milhão de veículos um ano antes do início da fabricação.
A China, que dobrou o número de fabricantes de veículos elétricos, já superou 200 fábricas e lançou seu plano de metas para expansão dessa frota. Em 2025, o país planeja vender 3 milhões de carros elétricos por ano no mercado interno e se tornar o maior produtor mundial. A julgar pelo que fez no setor de energia solar e eólica, esses números serão batidos, e com muita antecedência.
A Gigafábrica da Tesla, que produzirá mais baterias do que todas as demais fábricas do mundo juntas entrou em produção, e o custo das baterias deve cair abaixo de US$ 150 por quilowatt (era de US$ 600, em 2010), o que tornará possível equiparar o preço dos carros elétricos aos de motor a combustão.
O desenvolvimento de veículos autônomos deu um enorme salto em 2016. A Tesla surpreendeu o mundo quando anunciou que todos os seus carros possuem o hardware para direção autônoma nível 5 (ou seja, full autonomy) e que, em dois anos, os softwares estarão seguros para liberar a funcionalidade. Na Filadélfia, a primeira frota de Uber autônomo já começou a circular, assim como os primeiros ônibus autônomos em Helsinque e a primeira frota autônoma de caminhões de carga nos EUA, com a startup Otto.
Idealizado por Elon Musk CEO da Tesla o Hyperloop, sistema de transporte ultrarrápido (mais de 1.000 km/h) que usa cápsulas em tubos de semi vácuo e 100% de energia renovável – começou a sair do papel em testes na estado de Nevada e o primeiro teste em escala real está previsto para o final de 2017.
O desenvolvimento de taxis aéreos autônomos elétricos tomou forma por mais de 7 empresas salientando a chinesa Ehang 184 em 2015 a japonesa Toyota e a Alemã Lilium em 2017.
Dubai pretende ser conhecida como a cidade do transporte do amanhã com o anuncio em 2016 da compra de 200 Teslas autônomos, a operação de taxis aéreos autônomos elétricos da Ehang e do com o primeiro projeto comercial do Hyperloop para 2020, que ligará Abu Dabi a Dubai em 12 minutos (são duas horas de carro).
Em 2007, o lançamento do iPhone marcou a revolução do sistema de telefonia e comunicação. Para o setor de transporte e mobilidade a revolução é agora.

fonte: Miguelangelo Geimba de Lima 
                  Phd at Ita, MSc at FGV/Ebape, Engineer at UFSM