Para a grande maioria dos brasileiros (95%), as mudanças climáticas
são reais e seus impactos já estão sendo sentidos, como na crise de água
e de energia. Quantidade igualmente significativa (85%) acredita que o
poder público não faz nada ou faz muito pouco para enfrentar o problema.
Estes são alguns dos resultados surpreendentes de uma pesquisa de opinião feita pelo Datafolha à pedido do Observatório do Clima e do Greenpeace Brasil.
Os entrevistados também vislumbram formas de resolver o problema. Entre as soluções apontadas estão a redução do desmatamento, melhorias no transporte coletivo e investimentos em energias renováveis. Mais de 80% dos brasileiros acham que essas ações inclusive trarão benefícios para a economia do país.
Isto demonstraria, na opinião de Carlos Rittl, Secretário-Executivo do Observatório do Clima, que o cidadão médio tem um ótimo nível de entendimento das causas da mudança climática e de seu impacto sobre o cotidiano da população. "A pesquisa mostra que os cidadãos estão insatisfeitos com o baixo grau de prioridade dado pelo governo a esse tema, crucial para o desenvolvimento do País".
Outro dado relevante que a pesquisa trouxe à tona foi o fato de o brasileiro se enxergar como parte da solução. Por exemplo, 62% dos entrevistados estão dispostos a instalar um sistema de microgeração de energia solar em casa. Diante da hipótese de ter acesso a uma linha de crédito com juros baixos e a possibilidade de vender o excesso de energia para a rede elétrica, o percentual de interessados sobe para 71%.
Na visão de Ricardo Baitelo, coordenador de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, "há uma percepção bastante clara de que a microgeração de energia solar beneficia o cidadão e o País". Entre as principais vantagens citadas pelos entrevistados estão a redução nas despesas com eletricidade (82%), a redução dos impactos de secas prolongadas (77%), a segurança e confiabilidade dessa fonte (70%) e o fato de que se trata de uma alternativa às hidrelétricas (69%). Os moradores das regiões Sudeste e Nordeste foram os que demonstraram maior entusiasmo com o tema.
Atualmente, a microgeração de energia enfrenta vários entraves como, por exemplo, a forma como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incide sobre a geração de eletricidade do cidadão que escolhe produzir sua própria energia. Outras questões, como a criação de linhas de financiamento com baixos juros, também precisam ser resolvidas.
Um abaixo-assinado online está no ar pela Avaaz para pressionar os governadores a assinarem o convênio nº 16 do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária). Este convênio permitirá aos Estados eliminar o imposto ICMS que incide na geração de eletricidade por meio de painéis solares. Com isso, espera-se baratear essa energia e contribuir para sua popularização.
A pesquisa Datafolha mostra que o brasileiro tem uma percepção bastante crítica sobre a atuação do governo no tema das mudanças climáticas: para 48%, o governo federal está fazendo menos do que deveria em relação às mudanças climáticas, enquanto que para 36%, ele simplesmente não está fazendo nada.
Para dois terços da amostra (66%), o Brasil deveria assumir uma posição de liderança no enfrentamento do problema em nível internacional.
A pesquisa confirma que existe um bom entendimento das causas das mudanças do clima por parte da população. Apresentados a nove possíveis causas, os entrevistados apontaram com mais frequência o desmatamento (95%), a queima de petróleo (93%), as atividades industriais (92%), a queima de carvão mineral (90%) e o tratamento de lixo (87%).
Aparentemente o negacionismo das mudanças climáticas, tão forte nos Estados Unidos e alguns países europeus, não pegou no Brasil. Como lembra Carlos Rittl, do Observatório do Clima, "se consideramos a forte oposição patrocinada por setores que têm interesse em negar que as mudanças climáticas sejam causadas pela ação humana, este resultado é extremamente significativo".
A pesquisa foi realizada ouviu 2,1 mil pessoas de todo o Brasil entre 11 e 13 de março de 2015. O Datafolha fez entrevistas pessoais e individuais em 143 municípios de pequeno, médio e grande porte com pessoas com mais de 16 anos de idade. A margem de erro para o total da amostra é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: www.brasilpost.com.br
Os entrevistados também vislumbram formas de resolver o problema. Entre as soluções apontadas estão a redução do desmatamento, melhorias no transporte coletivo e investimentos em energias renováveis. Mais de 80% dos brasileiros acham que essas ações inclusive trarão benefícios para a economia do país.
Isto demonstraria, na opinião de Carlos Rittl, Secretário-Executivo do Observatório do Clima, que o cidadão médio tem um ótimo nível de entendimento das causas da mudança climática e de seu impacto sobre o cotidiano da população. "A pesquisa mostra que os cidadãos estão insatisfeitos com o baixo grau de prioridade dado pelo governo a esse tema, crucial para o desenvolvimento do País".
Outro dado relevante que a pesquisa trouxe à tona foi o fato de o brasileiro se enxergar como parte da solução. Por exemplo, 62% dos entrevistados estão dispostos a instalar um sistema de microgeração de energia solar em casa. Diante da hipótese de ter acesso a uma linha de crédito com juros baixos e a possibilidade de vender o excesso de energia para a rede elétrica, o percentual de interessados sobe para 71%.
Na visão de Ricardo Baitelo, coordenador de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, "há uma percepção bastante clara de que a microgeração de energia solar beneficia o cidadão e o País". Entre as principais vantagens citadas pelos entrevistados estão a redução nas despesas com eletricidade (82%), a redução dos impactos de secas prolongadas (77%), a segurança e confiabilidade dessa fonte (70%) e o fato de que se trata de uma alternativa às hidrelétricas (69%). Os moradores das regiões Sudeste e Nordeste foram os que demonstraram maior entusiasmo com o tema.
Atualmente, a microgeração de energia enfrenta vários entraves como, por exemplo, a forma como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incide sobre a geração de eletricidade do cidadão que escolhe produzir sua própria energia. Outras questões, como a criação de linhas de financiamento com baixos juros, também precisam ser resolvidas.
Um abaixo-assinado online está no ar pela Avaaz para pressionar os governadores a assinarem o convênio nº 16 do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária). Este convênio permitirá aos Estados eliminar o imposto ICMS que incide na geração de eletricidade por meio de painéis solares. Com isso, espera-se baratear essa energia e contribuir para sua popularização.
A pesquisa Datafolha mostra que o brasileiro tem uma percepção bastante crítica sobre a atuação do governo no tema das mudanças climáticas: para 48%, o governo federal está fazendo menos do que deveria em relação às mudanças climáticas, enquanto que para 36%, ele simplesmente não está fazendo nada.
Para dois terços da amostra (66%), o Brasil deveria assumir uma posição de liderança no enfrentamento do problema em nível internacional.
A pesquisa confirma que existe um bom entendimento das causas das mudanças do clima por parte da população. Apresentados a nove possíveis causas, os entrevistados apontaram com mais frequência o desmatamento (95%), a queima de petróleo (93%), as atividades industriais (92%), a queima de carvão mineral (90%) e o tratamento de lixo (87%).
Aparentemente o negacionismo das mudanças climáticas, tão forte nos Estados Unidos e alguns países europeus, não pegou no Brasil. Como lembra Carlos Rittl, do Observatório do Clima, "se consideramos a forte oposição patrocinada por setores que têm interesse em negar que as mudanças climáticas sejam causadas pela ação humana, este resultado é extremamente significativo".
A pesquisa foi realizada ouviu 2,1 mil pessoas de todo o Brasil entre 11 e 13 de março de 2015. O Datafolha fez entrevistas pessoais e individuais em 143 municípios de pequeno, médio e grande porte com pessoas com mais de 16 anos de idade. A margem de erro para o total da amostra é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: www.brasilpost.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário