Com intenção de preparar os seus planos para os próximos anos e décadas, a Shell analisou vários cenários previstos para o futuro, de forma a organizar as suas estratégias. O resultado final da análise destes cenários foi apresentado através de um documento de 46 páginas, onde a maior novidade é a previsão de que os carros não vão necessitar mais de combustíveis fósseis daqui a pouco mais de 50 anos. “Em 2070 o mercado de viaturas particulares poderá estar perto da independência petrolífera. Para o final do século uma rede de infraestruturas de abastecimento de hidrogénio irá substituir a necessidade de gasóleo e gasolina para viagens de longa distância ou com cargas pesadas”.
O primeiro passo para este futuro parece ter já sido dado por parte da Toyota, que depois de ter apresentado o FCV (Fuel Cell Vehicle) Concept em Tóquio, anunciou recentemente que estuda a introdução do modelo no mercado como um dos seus carros de produção. Na teoria, estes carros movidos a hidrogénio são a direção certa no caminho para carros de emissões 0, sem qualquer tipo de gases poluentes libertados pelo carro. Na opinião da Shell serão os carros abastecidos a hidrogénio e não outras inovações como os híbridos elétricos a “conquistar o futuro”, por não apresentarem um complexidade tão grande para efetuarem os seus reabastecimentos.
Apesar da Shell prever a “morte” dos combustíveis fósseis em 2070, a petrolífera anuncia que no entanto o mundo ainda não atingiu o seu pico de consumo. “Erradicar totalmente os combustíveis fósseis dos transportes a nível mundial é um empreendimento verdadeiramente colossal. Com a procura de viagens a diminuir, o aumento da eficiência dos carros, e o uso mais intensivo de gás natural, eletricidade e hidrogénio, o uso de combustíveis fósseis no mercado de carros particulares irá começar a descer após um pico global em 2035”.
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